Primeiros passos

  © Letícia Thompson

 

 

Quem se lembra dos seus primeiros passos?

Quem se lembra da ousadia com que avançamos, levantando depois de cada queda?

Quando damos nossos primeiros passos na vida não tememos o cair, o não conseguir. Há em primeiro lugar aquela enorme força interior de fazer como gente grande, nosso instinto animal de imitar. E depois há a confiança. E, um dia, para surpresa da família, saímos andando. No início desequilibrados, vamos de um lado para o outro, mas pouco a pouco ficamos cada vez mais firmes, nosso corpo se acostuma com nosso peso. E um dia corremos. E isso torna-se tão natural que nem pensamos o quanto é importante andar.

Então, novos passos começam. E é interessante notar que quanto mais crescemos, quanto mais ficamos conscientes, mais tememos cair, não conseguir chegar a algum lugar. Assim, o primeiro tudo sempre causa medo, espanto. Primeiro dia de escola, primeiro amor, primeiro beijo, primeiro desencanto... 

O medo nos freia muitas vezes. No princípio, do desconhecido. Por que iniciar algo é quase sempre como entrar numa sala escura. E até acharmos o interruptor, podemos andar e andar... sem saber ao certo aonde.  Depois, o que nos freia pode ser o medo do já vivido, já experimentado. É a velha história do gato escaldado. Não... há pessoas que preferem passar o resto da vida no comodismo do que tentar descobrir algo novo, ou diferente. 

E a vida passa... independente dos nossos passos. 

Às vezes nos surpreendemos pensando por que as coisas acontecem para os outros e não para nós. E simplesmente nos esquecemos que não demos o primeiro passo. É verdade que nem sempre temos pessoas com os braços estendidos nos esperando para nos apoiar, mas tal qual os equilibristas, muitas vezes é necessário abrir os braços para se encontrar o próprio equilíbrio. Além disso, quem disse que não existem braços estendidos para nos apoiar? Eu acredito em Anjos...

O importante é dar o primeiro passo, que seja na carreira profissional ou na vida de todos os dias. Os outros se seguirão, cada vez com mais firmeza. Mas ser confiante não significa não ser vigilante. Porém quando enfrentamos nossos temores percebemos que eles nem sempre têm razão de ser. Nossos "monstros" são bem maiores na nossa imaginação que na realidade. A melhor maneira de enfrentar um grande medo é encará-lo. E isso em qualquer área da nossa vida.

E assim vai a vida... com passos que se seguem, que se sucedem. Se avançamos ou se andamos para trás, vai depender de nós. O importante é não hesitar. 

E partir à descoberta do novo, de novas oportunidades, novas emoções, novo mundo que podemos nós mesmos criar.

 E com a sabedoria que recebemos do céu, se damos um primeiro passo, chegaremos certamente a algum lugar.

 

 

Letícia Thompson

contact@leticiathompson.net

22.02.2003

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