"Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira. »

(Julieta, Ato II, Cena II)

 

Amores imortais

 © Letícia Thompson

 

Talvez Romeu e Julieta tenham imortalizado o amor por que ela só tinha 13 anos e ele um pouco mais e nessa idade todas as coisas tomam proporções imensas.

 Grandes e infinitos são os amores dos adolescentes que descobrem no outro um pedaço de si mesmo e entregam-se inteiramente a esse sentimento. Entregam-se até tornarem-se doentes e irracionais, até acreditarem que aquele será o único amor, o maior e o mais bonito de todos.

Os amores que param no tempo tornam-se eternos sim. Eternos e dolorosamente belos para a história.

 

E nós, adolescentes de primeiro amor a cada amor que renasce, pouco importando nossa idade, imortalizamos o amor fazendo dele a razão do nosso dia-a-dia.

Há os que amam uma vez e amam para sempre, mas esses são raros. A maioria das pessoas ama intensamente uma vez e ama intensamente a cada vez, cada amor, segundo as oportunidades que recebe e aproveita da vida.

 

E cada amor dói igual, faz feliz igual, cada um dá o sentimento de ser único e eterno e quando parte carrega um pouco da nossa vida junto, sai arrastando nossas esperanças como as enchentes repentinas, nos deixando sós e desamparados.

 E só depois de alguns sóis e muitas luas é que descobrimos que nosso coração é, felizmente, mais forte do que pensávamos e que tem a grande capacidade de se reconstruir quando encontra um outro que, por razões que desconheço, fazem com que ele se agite e reviva. Maravilhosa é a vida assim, nesses amores que carregamos em nós.

 

Letícia Thompson

contact@leticiathompson.net

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